sexta-feira, 13 de junho de 2008

A Moca Tem Espinhos

Vivendo na rua da amargura
O Sol não brilha
É como se estivesse revestido por uma armadura
E única réstia de esperança são os activismos sociais
Inexistentes, ineficazes, casmurros e estúpidos


A moca dos chefes tem espinhos
Destinados a ferir aqueles como nós
Cobertos por uma manta de minimalismos
No fundo não passamos de uns grandes cócós


Vive-se vivendo, talvez sonhando
Sem grande esperança de alguma vez mudar
Apenas as suas grandes desilusões comportando
Sentindo-se em ostentações nadar
Broncos, idiotas, desistentes e derrotados


A divina providencia hierárquica
Agressora como as ondas do mar
Provocando ondas de incerteza inequívoca
Com contentes descontentamentos impossíveis de respeitar
Infelizes, tristes, deprimidos e suicidas


Moca espinhosa
Sugas sonhos e projectos
Metes nojo por ser tão ranhosa
Ostentas poder e malícia nesses olhos pretos


Almas arrasadas e devastadas
Com cordas e cordames amarradas
Lágrimas de penúria engarrafadas
Ejaculações esterilizadas




Poema escrito e gentilmente cedido por Carlos Ferraz (o Grande)

2 comentários:

Carlos disse...

eu dou-lhe tanto :P

Pedro Durão disse...

«Metes nojo por ser tão ranhosa«, simplesmente genial

 
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