Vivendo na rua da amargura
O Sol não brilha
É como se estivesse revestido por uma armadura
E única réstia de esperança são os activismos sociais
Inexistentes, ineficazes, casmurros e estúpidos
A moca dos chefes tem espinhos
Destinados a ferir aqueles como nós
Cobertos por uma manta de minimalismos
No fundo não passamos de uns grandes cócós
Vive-se vivendo, talvez sonhando
Sem grande esperança de alguma vez mudar
Apenas as suas grandes desilusões comportando
Sentindo-se em ostentações nadar
Broncos, idiotas, desistentes e derrotados
A divina providencia hierárquica
Agressora como as ondas do mar
Provocando ondas de incerteza inequívoca
Com contentes descontentamentos impossíveis de respeitar
Infelizes, tristes, deprimidos e suicidas
Moca espinhosa
Sugas sonhos e projectos
Metes nojo por ser tão ranhosa
Ostentas poder e malícia nesses olhos pretos
Almas arrasadas e devastadas
Com cordas e cordames amarradas
Lágrimas de penúria engarrafadas
Ejaculações esterilizadas
Poema escrito e gentilmente cedido por Carlos Ferraz (o Grande)
2 comentários:
eu dou-lhe tanto :P
«Metes nojo por ser tão ranhosa«, simplesmente genial
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