sábado, 15 de dezembro de 2007

Desabafo

Subo para o meu escasso vazio, livre para devaneios há muito ocultos. Desço ao meu verdadeiro nível, preso a certos fantasmas. Temo, ao mesmo tempo que venço o medo. O medo confortável e aconchegante. Medo só. Medo bom. Normalmente é de noite que ocorre. É de noite que quase sou eu. É de noite que finjo ser eu. É de noite. Confesso que não me sinto eu desde que nasci. Há sempre partes do meu "eu" que são retiradas do teu "eu". Não há chance. Estou mais racional que ontem. Estou menos racional que ontem. Não interessa. Amanhã o céu vai ser menos azul que nunca. Já nem me ralo com tal. Adorava ser um belo "Imperativo". Talvez do verbo "fazer". Ou "matar". Algo poderoso ou insensível. Mas não passo do "Pretérito Imperfeito" do verbo "querer" ou "sonhar", no máximo.

Missão não cumprida. Fica para a próxima. Assim espero.

1 comentário:

Anónimo disse...

o tempo não volta atrás mas podes sempre remediar erros que outrora cometeste !

 
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